No
dia 18 de maio de 1973, uma menina de 8 anos foi
sequestrada, violentada e cruelmente assassinada no Espirito Santo. Seu
corpo apareceu seis dias depois carbonizado e os seus agressores, jovens
de classe média alta, nunca foram punidos. A data ficou instituída como
o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e
Adolescentes” a partir da aprovação da Lei Federal nº. 9.970/2000.
O “Caso Araceli”, como ficou conhecido, ocorreu há quase 40 anos, mas,
infelizmente, situações absurdas como essa ainda se repetem.
Diferença entre Abuso e Exploração Sexual
O abuso sexual envolve
contato sexual entre uma criança ou adolescente e um adulto ou pessoa
significativamente mais velha e poderosa. As crianças, pelo seu estágio
de desenvolvimento, não são capazes de entender o contato sexual ou
resistir a ele, e podem ser psicológica ou socialmente dependentes do
ofensor. O abuso acontece quando o adulto utiliza o corpo de uma criança
ou adolescente para sua satisfação sexual. Já a exploração sexual é quando se paga para ter sexo com a pessoa de idade inferior a 18 anos. As duas situações são crimes de violência sexual.
Denúncias
No
Brasil o “Disque 100”, criado pela Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República, é um serviço de recebimento, encaminhamento e
monitoramento de denúncias de violência contra crianças e adolescentes.
Os dados mostram que, de março de 2003 a março de 2011, o Disque recebeu
52 mil denúncias de violência sexual contra este público, sendo que 80%
das vítimas são do sexo feminino.
O
Disque 100 funciona diariamente de 8h às 22h, inclusive aos finais de
semana e feriados. As denúncias são anônimas e podem ser feitas de todo o
Brasil por meio de discagem direta e gratuita para o número 100; e do
exterior pelo número telefônico pago 55 61 3212-8400 ou pelo endereço
eletrônico: disquedenuncia@sedh.gov.br.
A
intenção do 18 de maio é destacar a data para mobilizar e convocar toda
a sociedade a participar dessa luta e proteger nossas crianças e
adolescentes. A data reafirma a importância de se denunciar e
responsabilizar os autores de violência sexual contra a população
infanto-juvenil.
Os
Conselhos Tutelares também recebem estas denuncias da população sem
precisar o denunciante se identificar e também não é preciso ter certeza
do Abuso ou da Exploração, suspeitas também serão averiguadas.
Em
Afogados da Ingazeira as denuncias podem ser encaminhadas para o
Conselho Tutelar através dos telefones: 3838-4160 ou 9993-2476 (telefone
Tim).
Jair Almeida de Souza - Ex Conselheiro Tutelar
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